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Foto do escritorRaipe Comunicação e Design

O Papel da Comunicação na Guerra das Vacinas



O Brasil finalmente iniciou o seu processo de vacinação contra a covid-19. Agora, a expectativa é para que o país consiga importar insumos para acelerar a produção das vacinas e fabricar a quantidade necessária de doses para imunizar toda a população. Só que todo o processo de politização e a guerra de narrativas criada em torno das vacinas acabaram por trazer uma guerra comunicacional, criando dentro da sociedade um pólo favorável e outro contra a vacinação.


O inimigo são as fake news


Durante os últimos meses, uma enxurrada de notícias falsas foram despejados via whatsapp e redes sociais, disseminando diversas mentiras sobre a vacina. Essa narrativa ganhou ainda mais corpo quando diversas lideranças políticas do país, incluindo o presidente Bolsonaro, incentivam as pessoas a não tomarem a vacina. Estórias como “a vacina vai transformar o seu DNA”, “você vai virar jacaré”, “a vacina vai implantar um chip no seu corpo” e “a vacina é um plano chinês de dominação mundial” foram disseminadas amplamente.


Como resultado disso, pesquisa do Instituto PoderData, do site Poder 360, mostra que 25% dos brasileiros não sabem ou não irão tomar a vacina. Em um país que tradicionalmente possui os maiores índices de cobertura de vacinação na história, o número evidencia o efeito das fake news na percepção da imunização.


Só a boa informação salva


Em um cenário como esse, apenas uma estratégia assertiva de comunicação pode fazer com que a campanha para a vacinação em massa seja exitosa. Em outros países, a estratégia comunicacional tem sido apresentar a vacina como o passe para o retorno à vida normal.


Campanhas mostrando famílias se reunindo, amigos se abraçando, pessoas tendo uma vida "normal", estão sendo utilizadas para incentivar a vacinação. Ao mesmo tempo, há o incentivo para que as pessoas permaneçam com os hábitos de higiene, uso de máscaras e o distanciamento social enquanto boa parte da população não estiver imunizada.


Uma boa comunicação pode informar e apelar para os sentimentos mais primitivos das pessoas, buscando sensibilizar a população para que siga tomando seus cuidados e, consequentemente, evitando o agravamento da doença enquanto não há vacina para todos.

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